Artigo publicado na Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício pelo Prof. Marzo Edir Da Silva-Grigoletto do Grupo de Treinamento Funcional (FTG) da Universidade Federal de Sergipe. Em parceria com pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais
Autores:
Leônidas de Oliveira Neto (UFRN), Hassan Mohamed Elsangedy (UFRN), Vagner Deuel de Oliveira Tavares (UFRN), Cauê Vazquez La Scala Teixeira (UNIFESP), Dave G Behm (Memorial University of Newfoundland), Marzo Edir Da Silva-Grigoletto (UFS)
RESUMO
O coronavírus faz parte de um grupo de vírus responsáveis por causar síndromes respiratórias agudas sazonalmente que podem ser acompanhadas de sintomas leves a condições graves, com uma taxa de mortalidade significativa. Além dos cuidados de higiene, a distância social é uma das estratégias mais eficientes para mitigar a disseminação do vírus e reduzir os impactos no mundo. Portanto, as estratégias do governo direcionaram esforços para garantir o isolamento em casa de grande parte da população mundial. Uma das estratégias que tem sido considerada uma ferramenta importante para facilitar a adesão ao isolamento é o incentivo ao exercício físico regular, principalmente devido à sua capacidade de reduzir sentimentos de ansiedade e estresse na população. Assim, paralelamente à expansão do coronavírus no mundo, a busca por exercícios em casa ganhou destaque na internet, demonstrando a necessidade emergente de pensar em estratégias que possam levar a uma prática de treino em domicilio eficaz na promoção da adesão a um estilo de vida fisicamente ativo. Por outro lado, algumas questões pertinentes podem surgir, como: como será realizada a prescrição e o acompanhamento da população durante esse período? Quais diretrizes devem ser seguidas para uma prescrição segura e eficiente? Que tipos de exercícios devem ser priorizados? Quais são os critérios para esta seleção? Com base nessas questões, este estudo teve como objetivo apresentar uma proposta, integrando os aspectos fisiológicos e psicobiológicos/comportamentais, de como o exercício físico pode ser prescrito em casa, considerando as barreiras enfrentadas pela população diante do isolamento social em todo o mundo. Em resumo, aqui sugerimos um modelo de prescrição que estima o desempenho semanal de pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos, bem como exercícios de força para os principais grupos musculares. Além disso, orientamos o uso de ferramentas que permitam avaliar o esforço físico e a satisfação pessoal no treinamento, com o objetivo de melhorar a adesão e a manutenção de um programa de exercícios físicos e, assim, contribuir para a promoção da saúde durante a pandemia do COVID-19.
Link de acesso ao artigo na íntegra: 4006-24275-3-PB
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