Artigo publicado na Pan American Journal of Public Health pelo especialista em epidemiologista e expert em Revisões Sistemáticas e Meta-Análises, Prof. Dr. Paulo Ricardo Martins-Filho do Laboratório de Patologia Investigativa da Universidade Federal de Sergipe.
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Resumo
o SARS-CoV-2 vem se espalhando rapidamente pelo mundo, bem como o número de notícias falsas nas mídias sociais sobre tratamentos prejudiciais ou não prejudiciais que são ineficazes para o tratamento do COVID-19. No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 e até 20 de março de 2020 foram notificados pelo menos 970 casos e sete mortes. O medo e a incerteza levaram as pessoas a consumir e compartilhar desconfiança e desinformação na Internet. Desde o primeiro caso confirmado no Brasil, notícias falsas sobre a eficácia de uma mistura de éter e clorofórmio conhecida como \”lança perfume\” ou \”loló\” foram espalhadas nas redes sociais. Atualmente, o ecossistema de big data forneceu informações valiosas sobre o comportamento relacionado à saúde online e novos padrões entre grupos populacionais usando dados de mídia social. O Google Trends pode atuar como um sistema eficiente de vigilância em tempo real, monitorando pesquisas de impacto de problemas de saúde específicos, levando a indicadores confiáveis e significativos para acompanhar a demanda de informações de saúde e as tendências de oferta. Usamos o Google Trends para avaliar a atividade de pesquisa recente (de 25 de fevereiro a 20 de março de 2020) sobre o novo coronavírus no Brasil e a popularidade dos termos de pesquisa relacionados. Pesquisas relacionadas ao coronavírus revelaram um alto nível de interesse (uma fuga acima de 5000%) sobre as informações sobre o uso de uma mistura de éter e clorofórmio no tratamento do COVID-19, especialmente nas regiões Norte e Nordeste que são reconhecidas como as regiões mais pobres do país.
ASCi